Inspirada na natureza

Inspirada na natureza

Em especial, Eric Freed está entusiasmado com materiais de origem biológica que possam ser projetados para atender a necessidades específicas e então cultivados, em vez de fabricados por processos industriais com alto consumo de energia. O DNA pode ser manipulado para conferir propriedades especiais a tijolos, como a capacidade de absorver dióxido de carbono do ar, refletir o calor durante o verão ou brilhar à noite. A histórica catedral do arquiteto catalão Antoni Gaudí está em construção desde 1882. Gaudí, cujo estilo foi fortemente influenciado pelo mundo natural, não era fã de linhas retas. Sua magnífica estrutura apresenta colunas de dupla torção que sustentam o telhado e atraem os olhos para as claraboias com vitrais, as quais iluminam o espaço interno com luz dourada e verde. O Brasil também tem exemplos de arquitetura biomimética e a maior delas é o Museu do Amanhã, localizado na cidade do Rio de Janeiro.

Além disso, a equipe buscou soluções que permitissem a criação de um sistema de ventilação natural e constante, aproveitando os ventos em abundância da região. Outro exemplo é a construção de sistemas para a captação de água das chuvas em coberturas com o emprego de níveis. Para que a temperatura seja confortável em ambientes frios, é possível usar um sistema de aquecimento semelhante ao sistema circulatório humano. Portanto, a natureza não é somente uma fonte de recursos para a extração da matéria-prima.

Museu do Amanhã – Brasil

No geral, ao dar preferência a materiais naturais e mais sustentáveis, você já consegue obter as principais vantagens dessa corrente. Natureza como modelo, em que o humano se inspira no meio ambiente para resolver problemas. Esses materiais podem ser utilizados na construção de edifícios mais leves, duráveis e ecologicamente corretos. Projetado pelo escritório Herzog & de Meuron, o Estádio Nacional de Pequim tem uma estrutura metálica que foi inspirada na estética e no desempenho estrutural de sustentação de um ninho de pássaro. Está prevista para este ano, em Belterra, no Pará, a inauguração doMuseu de Ciências da Amazônia , que tem o objetivo de ser um centro de disseminação de valores da cultura científica da região e promover reflexões sobre o valor da floresta em pé. “O Museu dará importância à biomimética, da mesma forma que destacará ciências como a botânica ou a zoologia”, diz Alessandra Araújo, da consultoria Bio-Inspirations.

Arquitetura biomimética: inspiração na natureza

O termo biomimética surgiu na literatura científica em 1962, mas foi somente nos anos 1980 que o seu uso cresceu, particularmente, entre os cientistas. Porém, alguns exemplos nos mostram que a biomimética está presente na nossa sociedade muito antes de se ter uma nomenclatura para ela. O escritor Rubem Alves nos lembra que “a existência da água e do ar, a alternância entre o dia e a noite e o ponto de congelamento da água em nada dependem da vontade do homem. Da obra ao escritório, temos as melhores soluções para gestão da sua empresa.

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Portanto, a inspiração não pode ser apenas no design, mas em todo o processo que ocorre na natureza. Como outro exemplo, temos a diminuição de uso de energia com ar-condicionado em grandes edifícios. Uma vez que os engenheiros estão se baseando no modo de refrigeração de cupinzeiros. No entanto, a arquitetura biomimética vai além do que é ambientalmente sustentável para a mitigação de problemas.

O que é biomimética

Essa inovação proporciona uma redução significativa na perda de luz, tornando-se uma solução altamente eficaz e viável no mercado. Além disso, a reflexão da luz é realizada de forma mais econômica, elevando ainda mais a sua vantagem planta pronta competitiva. Os pesquisadores japoneses tiveram a ideia observando as conchas dos caramujos, que têm um padrão próprio de pequenas saliências. A superfície irregular cria pequenas poças de água nas conchas dos caracóis.

Construído por um dos maiores representantes da arquitetura orgânica do mundo, o arquiteto Frank Lloyd Wright, o edifício foi inspirado na planta vitória régia. Para isso, os arquitetos revestiram a construção com bolas de plástico gigantes capazes de simular esse efeito e criar um design inovador e criativo. Essas características influenciam e inspiram a arquitetura biomimética na busca por edificações mais resistentes e duráveis, capazes, inclusive, de suportar tempestades, correntes marítimas e terremotos. Com esse tipo de arquitetura, as edificações são projetadas, com base na natureza, para atingir o máximo de eficiência térmica e acústica, no verão ou no inverno. Na natureza nada se perde, tudo faz parte de um ciclo perfeito que se renova, se recria e se reinventa.

Embora pouco conhecida no Brasil, abiomimética foi apontada em 2014 pela revista Forbescomo uma das cinco principais tendências que vão orientar os negócios do futuro. Estudos como o da Universidade Nazarena de Point Loma, na Califórnia, estimam que o uso da biomimética pode representar um aumento significativo no PIB e na geração de empregos nos próximos anos. Eles começam a ser desenvolvidos a partir de uma análise criteriosa das propriedades exclusivas de cada local — o terreno, a trajetória do sol, o clima, a flora e a fauna, por exemplo. A ideia é a de que se os organismos evoluem em resposta às condições do local onde se inserem, a arquitetura deveria fazer o mesmo. Nos anos 90, pesquisadores da fabricante japonesa de azulejos Inax desenvolveram um revestimento de sílica para ajudar a manter os azulejos limpos. A sílica, um elemento natural encontrado no solo, forma protuberâncias microscópicas na superfície dos ladrilhos.


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