Por esse motivo, é essencial que o ambiente siga estes conceitos com a finalidade de evitar agravos ao quadro do paciente e proporcionar uma boa recuperação. Contudo, já é de longa data que tais projetos arquitetônicos visam melhorar a saúde e bem-estar dos pacientes em seu espaço. Por fim, embora o voluntariado venha ocupando papel de destaque na atenção e cuidado hospitalar, existe ainda pouca repercussão na arquitetura, como a implantação de ambientes específicos destinados a tais trabalhos e pessoas.
As entrevistas semiestruturadas e não estruturadas, de caráter exploratório, propiciaram liberdade e flexibilidade às respostas. Os entrevistados ficaram à vontade para contribuir para além do roteiro estabelecido e ampararam parte das afirmações com exemplos da realidade. O Quadro 2 apresenta a síntese das entrevistas em centros de infusão pediátricos segundo os entrevistados. Apenas retemos as informações coletadas pelo tempo necessário para fornecer o serviço solicitado. Quando armazenamos dados, os protegemos dentro de meios comercialmente aceitáveis para evitar perdas e roubos, bem como acesso, divulgação, cópia, uso ou modificação não autorizados.
Arquitetura Salutogênica
Na perspectiva da arquitetura, destaca-se o uso de grandes lobbies, escadas rolantes na base dos edifícios, praças de alimentação, cafés, áreas de exposição, locais para esculturas aéreas e de outras obras de arte, instalações temáticas para crianças e áreas de recreação. Os ambientes destinados às equipes não assistenciais são valorizados e separados das áreas sociais e de atendimento à saúde, com preocupação em prover áreas de descanso ao ar livre, considerando o estresse a que são continuamente submetidos no atendimento aos pacientes e seus familiares. Os diversos instrumentos de APO se mostraram adequados para a pesquisa qualitativa, podendo incorporar medições e levantamento de percepções ambientais, quando há disponibilidade maior de tempo e recursos de pesquisa, e permissão da instituição.
Apresenta-se aqui a discussão das subcategorias da categoria Psicológicos, relacionando-as à literatura pesquisada, às amostras de usuários e à categorização dos estímulos ao bem-estar. Ou seja, a partir dos elementos temáticos relevantes ao objetivo analítico escolhido, foi realizado o agrupamento de conteúdo por semelhança, sucessivamente em núcleos progressivos de sentido, até permitir a codificação em categorias e subcategorias para cada planta de sobrados pequenos tema de análise. Além deles, o Centro Infantil Boldrini (CIB), estudo de caso central da pesquisa, foi avaliado por meio da APO. O estudo de caso brasileiro foi considerado benchmark pelas características identificadas com os princípios da PNH, adotada pelo Governo Federal. Esteja ciente de que não temos controle sobre o conteúdo e práticas desses sites e não podemos aceitar responsabilidade por suas respectivas políticas de privacidade.
O tratamento amparado por brincadeira é uma forma de recuperação e se faz pela concepção de ambientes que ativam, motivam e capacitam a mente e o corpo do paciente. A atmosfera informal permite aos pacientes e suas famílias manterem suas rotinas diárias. Minimizar rotas e transferências de pacientes reduz o estresse e permite aos pacientes sentirem-se seguros e sob controle (Figura 2). Como você pode perceber, entender bem os desejos e necessidades do cliente é parte fundamental da criação de um projeto de arquitetura humanizado. Porém, além disso, é importante buscar referências de pisos, cores, texturas e os demais elementos que vão otimizar a experiência de quem analisa o projeto.
Faça sua pesquisa
Fundamentalmente, o princípio enfatiza a conexão entre ambientes internos e os usuários com a natureza. Com todas as tendências de design em curso que se consolidaram como resultado, a demanda se concentrou em materiais orgânicos que emulam ambientes externos. Os atuais projetos da arquitetura hospitalar são elaborados criando novos conceitos de uso para os ambientes, com jardins e áreas verdes que tornam a estadia do paciente mais leve, auxiliando na sua recuperação e livrando-o da sensação de estar isolado do restante do mundo. Sobre os rumos da arquitetura para o ambiente de quimioterapia, a pesquisa mostrou ser irrefutável a importância do conhecimento sobre o cenário atual. Sobre os resultados da aplicação do Poema dos Desejos, das 11 crianças, 10 desejavam estar na brinquedoteca e no parquinho, enquanto apenas 1 preferia estar fora do ambiente hospitalar.
Arquitetura hospitalar humanizada: O que é e quais são os benefícios?
O espaço deve ser colorido, com brinquedos e livros, e pouco lembrar um ambiente hospitalar. A quimioteca disponibiliza postos com poltrona ou cama para o paciente, e cadeira para o acompanhante. O ambiente dispõe de material pedagógico infanto-juvenil adequado à fase de desenvolvimento em que se encontram as crianças. Como exemplos de ambientes humanizados específicos destacam-se os consultórios odontológicos para funcionários e para planta de casas sobrados as crianças pacientes, com mobiliário apropriado; o tratamento das mucosites causadas pelo câncer não é obrigatório em hospitais públicos. Destaca-se também a casa do voluntariado, edificada em parte do estacionamento do hospital, pré-fabricada e irregular, onde está instalado o bazar. Segundo o diretor de humanização, entrevistado F, a humanização é uma ferramenta de gestão que transforma a cultura institucional e motiva os usuários.
Entretanto, sua percepção negativa também pode ocorrer, quando denotam “impessoalidade”, “despersonalização” e “frieza”. Iniciativas como a implementação de torneiras automáticas e vasos sanitários com sistema de caixa acoplada também podem proporcionar grande economia de água, além de contribuir para a diminuição da propagação de microrganismos. Outra medida que afeta diretamente a saúde diante da arquitetura hospitalar, é o planejamento adequado para o descarte de lixo hospitalar.
A neuroarquitetura tem um papel importante nisso, ajudando a optar por cores que vão além de gostos pessoais, e ajudam a criar certos estímulos para aqueles que vão transitar pelos ambientes. Investir em softwares de qualidade também está entre as melhores práticas para implementar a arquitetura humanizada. Sem um programa com bons recursos, você não conseguirá apresentar com precisão aquilo que pretende fazer, e aí o seu cliente pode ficar em dúvida ou nem chegar a entender a proposta. Essa prática vem se tornando um recurso importante tanto na facilitação da visualização quanto no entendimento de projetos da chamada arquitetura humanizada. Hospitais são espaços conhecidos como locais de doença, não de saúde, e este fator por si só já é suficiente para agravar ainda mais as condições físicas dos pacientes.